Segundo o Bank of America (BofA), os países já injetaram U$25 trilhões na economia. sendo US$ 15,23 trilhões vindos da política fiscal e US$ 9,32 trilhões da política monetária. Esse montante chega a quase 29% do PIB global.

Numa perspectiva keynesiana, a predominância da política fiscal, frente à monetária, evidencia a importância da demanda para a reativação da atividade econômica. A elevação da preferência pela liquidez, derivada do cenário de incerteza, faz com que os estímulos monetários fiquem retidos dentro do mercado financeiro, ou seja, não indo para o lado real da economia.
Neste caso, caberia à política fiscal induzir a demanda necessária para que os agentes retornem a confiança necessária para tocarem os negócios em melhores condições.
Essa percepção está explícita, por exemplo, na fala do do chefe de economia global do BofA, Ethan Harris:
“Você precisa de uma ponte para lidar com essa última rodada da crise de covid-19. E não podemos contar com os bancos centrais para fazer este trabalho. Eles estão com pouca munição”.
Ethan Harris, chefe de economia global do BofA